Sunday, September 28, 2008

Just another brick

What shall we use to fill the empty spaces where waves of hunger roar?
Shall we set out across the sea of faces in search of more and more applause?
Shall we buy a new guitar?
Shall we drive a more powerful car?
Shall we work straight through the night?
Shall we get into fights?
Leave the lights on?
Drop bombs?
Do tours of the east?
Contract diseases?
Bury bones?
Break up homes?
Send flowers by phone?
Take to drink?
Go to shrinks?
Give up meat?
Rarely sleep?
Keep people as pets?
Train dogs?
Race rats?
Fill the attic with cash?
Bury treasure?
Store up leisure?

But never relax at all with our backs to the wall.

"What shall we do now?", Pink Floyd.

Sunday, September 21, 2008

Algumas palavras

Adoro as coisas que dão errado para que algo dê certo.
Elas fazem tudo ficar melhor no final...

E é só isso que eu tenho a dizer hoje; sem tragédias, sem morte, sem dor, sem árabes.
Só isso.
Just some words I might have ate.

Tuesday, September 16, 2008

Carta a um amigo

21 de Janeiro de 2008
Jequié, Bahia

D. querido,
Encontrei esse poema nesses dias em uma livro que estava lendo -"Terror e Esperança na Palestina", de José Arbex Jr, aquele jornalista que eu adoro da Caros Amigos. Acho que você deveria ler esse livro, mesmo que eu tenha certeza de que não vai concordar com muitas coisas que ele escreve...
De qualquer jeito, só queria a sua opinião... Você sabe que adoro discutir com você, que deve ser a única pessoa que consegue fazer com que eu contorne a minha teimosia e repense as minhas idéias.
Dê uma olhadinha, tá? E sem pré-conceitos!


Cartão de Identidade
Mahmud Darwish

Escreve!
Sou árabe.
(...) As minhas raízes foram criadas antes do inicio dos tempos,
antes do nascimento das eras,
antes dos pinheiros e das oliveiras.
Antes que tivesse nascido a erva.
(...) Escreve!
Sou árabe.
Roubaste os pomares dos meus antepassados
e a terra que eu cultivava com meus filhos;
não me deixaste nada, apenas estas rochas.
O governo vai tira-me as rochas, como me disseram?
Escreve, então no alto da primeira página:
a ninguém odeio, a ninguém roubo.
Mas, se tiver fome,
Devorarei a carne do usurpador.
Tome cuidado!
Cuidado com minha fome,
cuidado com a minha ira!
Afinal, o fundamentalismo muçulmano não é algo que surgiu espontaneamente; a meu ver, ele é a resposta que os árabes encontraram para superar todos os fracassos políticos, sociais e econômicos que eles vêm sofrendo já há alguns séculos. Esses conflitos, aliás, tiveram como uma das várias razões a invasão ocidental no Oriente Médio, um processo simultâneo ao "fracasso" árabe que perdura até hoje.
Há questões internas também, é claro, como a grande quantidade de etnias de culturas e religiões diferentes -ou não -presentes na região. Mesmo esse ponto, porém, apresentou um agravamento por causa dos ocidentais, já que, durante o processo imperialista, minorias étnicas foram fortalecidas pelos invasores para favorecer a invasão e facilitar o controle das regiões -prática também presente na África. Após as independências, essas minorias passaram a exercer os governos em áreas extremamente heterogêneas.
Como eu estava dizendo antes, porém, o fundamentalismo é uma reação principalmente à modernidade -não representa, entretanto, uma oposição direta a esta, já que se utiliza da própria modernidade para crescer e agir em todo o mundo. Após muitas invasões, tentativas de independência, de democracia e de crescimento econômico e até de uma revoluçâo islâmica (Irã, 1979, liderada pelo aiatolá Khomeini), os muçulmanos finalmente partiram para o radicalismo religioso (já que o secularismo não dera certo). Estavam humilhados, isolados do resto do mundo, explorados e rebaixados em sua própria crença. E logo o vasto império muçulmano, que florescera e representara a própria modernidade na sua Idade de Ouro...
E, agora, lá estão os ocidentais novamente invadindo o Oriente Médio, matando-o mais, humilhando-o mais, explorando-o mais uma vez. Não é à tôa que o 11 de setembro aconteceu e que tantos atentados ainda acontecem -não justificando, é claro; explicando. Afinal -e acho que você concorda comigo -, não é por pouca coisa que um homem ou uma mulher prende uma bomba ao peito e a aciona apenas com o intuito de matar outras pessoas. Não pode ser pouco ódio, desespero e desesperança que essa pessoa sente para chegar ao ponto de dar sua própria vida assim -e ódio, desespero e desesperança são reações.
Por isso, o "Tome cuidado!" é certo; para toda ação, há uma reação, ainda mais quando essa ação já dura quase um milênio...
Não seja muito duro comigo - já posso quase ouvir você falando que meu problema é sempre analisar o contexto em primeiro lugar e colocar os árabes como vítimas... Você sabe que não é bem assim. Eu não sou mais uma garotinha para ser maniqueísta.
Saudades sempre,
Clara.

Sunday, September 14, 2008

L'adieu au piano

solrérémifámirémidó...
"Clarinha?"
"..."
"Eu sei que você não gosta de ser interrompida quando 'tá tocando."
"Hmm..."
"E eu sei que você fica de mal humor o resto do dia quando eu interrompo uma música."
"...?"
"Mas é que eu só queria te perguntar uma coisa..."
"O que é, Mariazinha?"
"Quando você acabar a faculdade de jornalismo, você pode fazer outras, não é?"
"Posso sim."
"Quantas você quiser... não é? Você pode fazer até mil faculdade depois! Não é?"
"É, se eu conseguisse, eu faria mil faculdades depois..."
"Então... Eu estava pensando... Por que você não entra em uma faculdade de música quando acabar a de jornalismo?"
"De música?"
"É! Tem faculdade pra isso, não tem? Curso pra tocar piano..."
"Tem sim... Mas como é que eu vou fazer com essa mão assim?"
"Você faz algum tratamento lá na faculdade mesmo! E aí você ia poder tocar quantas horas quisesse todos os dias... E ainda ia ajudar no curso de jornalismo, porque você também usa muito sua mão nele, né?"
"É sim... mas, Maria, quem faz um curso de música tem que se dedicar muito... E não dá pra ser jornalista e pianista ao mesmo tempo..."
"Quem disse isso?"
"...Ah, sei lá..."
"E você deveria levar o piano pra São Paulo... Ele fica aqui, empoeirando, sem ter ninguém pra tocar!"
"Rá! Eu já te mostrei o tamanho da minha quitinete?"
"Não."
"Então..."
"Tá certo, tá certo..."
"..."
"Clarinha?"
"Oi, Mariazinha."
"Você pode tocar agora aquela música que eu gosto, a de Natal?"
"'Noite Feliz'?"
"Essa mesma."
"Toco sim..."

Porque ela deve ser a única pessoa para quem eu consigo tocar sem errar...
E mesmo quando eu erro, ela acha que eu toco bem :]
E só daqui a três meses, meu pianinho >.<

Thursday, September 11, 2008

Às vidas que se foram

Hoje é 11 de Setembro...
E como é incrível como os acontecimentos de um único dia podem mudar a vida de tantas pessoas, e em tantos lugares diferentes do mundo!
[ou seria "tirar a vida de tantas pessoas"? ...]
E as consequências... ainda mais naquele lugarzinho do mundo que nunca teve uma década sequer de paz desde quando seu profeta nasceu... ou mesmo desde antes. Desde sempre.
Como é que coisas assim podem acontecer?
Como é que um Deus pode existir e deixar essa realidade intocada?
Será que é justo tanta injustiça nesse mundo?
[Mas existe justiça?]
E como é que alguém pode se alegrar com esses acontecimentos? Como é que alguém se alegra com um atentado terrorista? Com uma guerra? Com mortes de civis ou mesmo de militares?
Como uma pessoa ordena uma guerra sem pensar em morte?
[ou estou sendo ingênua, e elas pensam, sim, em morte, mas acham que há interesses mais importantes envolvidos?]
...
Não sei. A única conclusão que eu tiro disso tudo é a de que a vida humana está cada vez mais perdendo o seu valor.
E me desculpem se estou mais uma vez falando de coisas sérias aqui... Mas é que não consigo não pensar nisso hoje.

Wednesday, September 10, 2008

Just one of my lies

When I was young, I thought the world circled around me, but in time I realized I was wrong. My immortal thoughts turned into just dreams of a dead future... It was a tragic case of my reality.
Do you think you're indestructable and no one can touch you? Well, I think you're disposeable and it's time you knew the truth, cause it's just one of my lies. I only wanted do get real high cause it's just one of my lies.
Why does my life has to be so small? Yet death is forever... and does forever have a life to call its own? Don't give me an answer cause you only know as much as I know... Unless you're been there once. Well, I hardly think so.
I used to pray at night before I lay myself down. My mother said it was right, her mother said it too... Why?

"One of my lies", Green Day.

Tuesday, September 09, 2008

Triste realidade

Dos 44 Estados predominantemente muçulmanos, apenas Indonésia, Mali e Senegal são considerados livres. Dezoito países muçulmanos são considerados parcialmente livres: Afeganistão, Albânia, Bahrein, Bangladesh, Comores, Djibuti, Gâmbia, Jordânia, Kuwait, Quirguistão, Líbano, Malásia, Mauritânia, Marrocos, Nigéria, Serra Leoa, Turquia e Iêmen.
Vinte e cinco nações predominantemente muçulmanas foram classificadas como não-livres: Arábia Saudita, Azerbaijão, Brunei, Egito, Emirados Árbes Unidos, Palestina, Guiné, Irã, Iraque, Jordânia, Cazaquistão, Líbia, Maldivas, Omã, Paquistão, Quatar, Somália, Sudão, Síria, Tajiquistão, Tunísia, Turcomenistão, Uzbequistão e Saara Ocidental.
A pontuação média em direitos políticos (em uma escala de 1 a 7, com 1 sendo o mais alto grau de direitos) no mundo islâmico é de 5,24, comparada a 2,82 do mundo não islâmico. A pontuação média em liberdades civis em países islâmicos é de 4,78, contra 2,71 em países não-islâmicos. São diferenças significativas.
Acredito que essas diferenças não são fruto de teologia, mas produto de manipulação ocidental e politização interna muçulmana do islamismo.

Dados da ONG Freedom House, criada no início da Segunda Guerra Mundial por Eleanor Roosevelt.

Monday, September 08, 2008

Sonatas e árias e sinfonias


And I miss it so much...

***
Mas, mudando de assunto...
"That's just a phase, it's got to pass
I was a train moving too fast..."

ou não!
"Automatic stop", The Strokes.

Thursday, September 04, 2008

Pit Bull Palin

Duas afirmações de Sarah Palin, candidata a vice presidente dos Estados Unidos na chapa de McCain:
  • a única diferença entre ela e um pit bull é o baton.
  • “a invasão do Iraque foi uma missão divina”.

Pronunciamentos feitos, by the way, durante a Convenção Nacional Republicana, sendo que Sarah foi aplaudida de pé por quase três minutos.

Mas sabe o que é o pior de tudo? É que McCain tem fortes chances de vencer Obama.

E sim, eu sou uma "Obama girl".

Vacas à parte

CAPITALISMO IDEAL: Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!
CAPITALISMO AMERICANO: Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.
CAPITALISMO JAPONÊS: Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.
CAPITALISMO BRITÂNICO: Você tem duas vacas. As duas são loucas.
CAPITALISMO HOLANDÊS: Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
CAPITALISMO ALEMÃO: Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
CAPITALISMO RUSSO: Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.
CAPITALISMO SUÍÇO: Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.
CAPITALISMO ESPANHOL: Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
CAPITALISMO PORTUGUÊS: Você tem duas vacas. E reclama porque seu rebanho não cresce...
CAPITALISMO HINDU: Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.
CAPITALISMO ARGENTINO: Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês... As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.
CAPITALISMO BRASILEIRO: Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV- Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo.
Ah, eu sei que isso é meio antiguinho, mas não deixa de ser engraçado :DD

Tuesday, September 02, 2008

Vou te contar...

Cansei de Bossa, de Vinícius, de João, de Nara.

Eu quero agora apenas um bom e velho rock n' roll.
[e, de preferência, com uma letra bem política!]