Tuesday, October 28, 2008
Morgana fala...
Sunday, October 26, 2008
Not heavy at all
Leve, leve, leve com preocupações, mas leve.
obs: só um lembrete para mim mesma.
Thursday, October 23, 2008
E-waste
No distrito Lyari de Karachi, centenas de trabalhadores, inclusive crianças e adolescentes, ganham suas vidas desmontando os lixos eletrônicos e extraindo componentes valiosos para vender. Esse trabalho é uma viagem por dentro do custo pessoal do 'e-waste'."
Wednesday, October 22, 2008
Just numb
There is no pain, you are receding
A distant ship smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons
Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am...
...I have become comfortably numb.
"Comfortably numb", Pink Floyd.
E Carrie... no zsa zsa zsu at all.
Tuesday, October 21, 2008
Mas...
...cadê o zsa zsa zsu, Carrie?
***
E a latinha corria, corria e corria, sem vento, sem lamento, sem impulso. A rua deserta e escura, apenas a luz bruxuleante do poste, e nem ao menos uma alma companheira para lhe indicar que, "hei, você não está sozinha, existe vida nesse lugar!". Nem uma alma.
E a latinha corria, corria e corria, e seus olhos a seguiam despreocupadamente, talvez pensando naquelas aulas que tivera há uns anos -o vento? a inércia? e o atrito? Talvez a mente estivesse mais longe do que isso -muito longe!, em que zona mesmo de São Paulo?
Mas a latinha parou. E o vento parou. E qualquer ruído cessou também. E veio. Veio aquilo que não vinha há muito tempo, aquele peso, aquele aperto, aquela dor, aquela angústia. Nem se lembrava mais como era ter aquilo, mas no momento em que sentiu, uma familiaridade cruel lhe invadiu a mente.
Sem mais nem menos, sem motivo exato, sem razão. Apenas sentiu, e como nunca sentira antes. "A dor dos outros", alguém lhe dissera um dia, "Você tem essa mania de carregar a dor do mundo nas suas costas... e isso lhe faz muito mal." E era exatamente essa a impressão que teve; era a dor dos outros, a dor que alguém deixara ali, naquela esquina, naquela latinha, naquela luz bruxuleante, que ela estava sentindo agora. Roubara o sentimento alheio -ou estava apenas dividindo, compartilhando, se compadecendo?
E era certo fazer aquilo? Ela não pedia, apenas sentia... mas nunca como naquela noite. Não foi espontâneo, não foi controlável, não foi passageiro. E lhe inundou como um avalanche, como um peso enorme no peito, um aperto na garganta, como se garras lhe arranhassem por todos os lados.
"Isso não é meu."
Todas as outras vezes, conseguira encontrar uma explicação. Certa vez fora uma música -do Pink Floyd, será? -com uma certa batida ritmada que lhe despertara aquilo... Outras vezes, fora aquele pesadelo, o única que tinha e que se repetia de tempos e tempos... Outra vez fora um filme, a fala de alguém, algum gesto... Mas nunca assim. Nunca com uma latinha, nunca com um passo, nunca em uma esquina deserta, de repente.
Acelerou o passo. Não queria ficar ali sozinha. Não se impediu, porém, de olhar para o céu - mas cadê ela? Cadê a lua, estava escondida aonde, atrás de que nuvem? Tinha que vê-la, será que estava estranha? Será que estava vermelha, com aquele círculo em volta? Ou estava branca e gélida, como as garras que tentavam púxá-la de volta para a esquina?
Não olhou mais para trás. Tinha medo do que poderia ver, ainda mais agora que o peso descera para as suas pernas, e ela arquejava para alcançar a porta do seu prédio. E sentiu - sentiu uma lágrima se formar em seu olho. Uma lágrima!
E a surpresa lhe trouxe de volta para a realidade. "Lágrima?"
Não. Eu não choro.
Sunday, October 19, 2008
Entre céus e pêras
À proporção que se retrocede ainda mais por nosso cone de luz do passado, a densidade de energia positiva da matéria faz os feixes de luz se arquearem em direção uns aos outros mais fortemente. O corte transversal do cone de luz encolherá até o tamanho zero em um tempo finito. Isso significa que toda a matéria dentro do nosso cone de luz do passado está presa em uma região cujo limite encolhe pra zero (...), no chamado big-bang."
Thursday, October 16, 2008
Nostalgia II
Sunday, October 12, 2008
Fantasmas coloniais
A verdadeira democracia é definida não apenas por eleições, mas pelo governo democrático que se segue a elas. Os elementos fundamentais do governo democrático são mais do que apenas eleições livres e justas. Incluem a proteção dos direitos políticos daqueles que fazem oposição política, o livre funcionamento da sociedade civil, imprensa livre e um judiciário independente. Com excessiva frequência no mundo em desenvolvimento - incluindo o mundo islâmico em desenvolvimento - , as eleições são vistas como a única coisa importante. O processo eleitoral é democrático, mas é aí que a democracia termina. O que se segue é equivalente a um regime autoritário de partido único. Isso é o oposto do verdadeiro governo democrático, que se baseia em poder constitucional partilhado e responsabilidade. E como o governo democrático se baseia em um continuum de experiência, a duração dessa experiência está diretamente ligada à sustentabilidade do próprio governo democrático. Em outras palavras, quanto mais tempo durao governo democrático, mais forte o sistema democrático.
(...)
Temos de pensar em uma nova democracia como um pequeno broto que precisa ser adubado, regado, cuidado e ter tempo para se transformar em uma árvore poderosa. Portanto, quando experiências democráticas são prematuramente interrompidas ou destruídas, os efeitos podem ser, se não permanentes, certamente muito duradouros. Suspensões internas ou externas da democracia (tanto eleições quanto governo) podem ter efeitos que se estendem por várias gerações.
(...)